A Ubisoft enfrenta um momento de turbulência, com Assassin's Creed Shadows sendo adiado novamente em meio a dificuldades financeiras e cortes de custos. Durante uma conferência de emergência realizada nesta quinta-feira (9), investidores pressionaram o CEO Yves Guillemot e o CFO Frederick Duguet sobre atrasos, possíveis vendas para a Tencent e os rumos da empresa, mas as respostas ficaram longe de oferecer clareza, conforme apurado pela IGN.
Estratégias de venda e busca por parceiros estratégicos
No comunicado oficial divulgado pela Ubisoft, a empresa revelou estar trabalhando com consultores para explorar "opções estratégicas transformacionais e capitalistas". Embora não tenha confirmado diretamente uma venda, a mensagem alimentou rumores de negociações em curso, incluindo com a gigante chinesa Tencent. Segundo o texto, a diretoria independente está conduzindo o processo e informará o mercado quando houver uma transação concretizada.
Essa declaração veio após reportagens, como a da Bloomberg em outubro passado, indicando discussões iniciais entre a família Guillemot, fundadores da Ubisoft, e a Tencent sobre a possibilidade de tornar a empresa privada. Agora, parece que essas negociações podem ter avançado.
Pressão dos investidores
Durante a conferência, investidores buscaram mais detalhes sobre o processo. Um representante da Morgan Stanley questionou se havia uma proposta concreta em análise ou se tudo ainda estava em estágio exploratório. Frederick Duguet respondeu de forma vaga, afirmando que a empresa está "ativamente explorando diferentes opções" e reforçou o compromisso de criar valor com os ativos e franquias da Ubisoft.
Outro ponto levantado foi o impacto da recente designação da Tencent como empresa militar chinesa pelos EUA e como isso poderia afetar sua participação na Ubisoft. Guillemot recusou-se a comentar.
Atrasos e insatisfação com Assassin's Creed Shadows
A frustração dos investidores também foi direcionada ao novo adiamento de Assassin's Creed Shadows, que agora será lançado apenas em março de 2025. Perguntado sobre o feedback específico que motivou o adiamento, Duguet e Guillemot limitaram-se a mencionar respostas positivas da comunidade, sem detalhes concretos.
Essa falta de clareza ampliou as preocupações sobre o planejamento e a execução dos projetos da Ubisoft, que nos últimos anos enfrentou um ciclo constante de atrasos, cancelamentos e resultados abaixo do esperado.
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O futuro da Ubisoft
Com um histórico recente de flops e cortes significativos, a Ubisoft parece estar em uma encruzilhada. Rumores sugerem que as insistências da família Guillemot em manter o controle dificultam um acordo com a Tencent. Sem essa parceria, as opções se tornam mais escassas, considerando os recursos necessários para reverter o quadro atual.
O tom geral da conferência refletiu a preocupação dos investidores sobre a saúde financeira da Ubisoft e o futuro de seus projetos. Resta saber se as opções estratégicas mencionadas trarão os resultados necessários para recuperar a confiança do mercado e dos jogadores.